PRESIDENTE DE EMPRESA ALERTA: Vacina norte-americana não evita propagação do coronavírus

O diretor médico da farmacêutica norte-americana Moderna, Tal Zaks, afirmou que ainda não há comprovação de que a vacina desenvolvida pela empresa contra a covid-19 seja capaz de evitar a propagação do novo coronavírus. Segundo ele, não há evidências de que o imunizante impede que uma pessoa transporte o vírus “temporariamente” e infecte outras pessoas que não foram vacinadas.

“Acho que precisamos ter cuidado, ao sermos vacinados, para não interpretar exageradamente os resultados”, disse Zaks em entrevista publicada pelo Axios nesta 2ª feira (23.nov.2020). “Quando começarmos a implantação desta vacina, não teremos dados concretos suficientes para provar que esta vacina reduz a transmissão”, completou.

Para o diretor médico da Moderna, as pessoas não devem “mudar comportamentos apenas com base na vacinação”. “Eu acredito que isso reduz a transmissão? Com certeza sim, e digo isso por causa da ciência. Mas, na ausência de provas, acho importante não mudarmos comportamentos apenas com base na vacinação”.

Em 16 de novembro, a Moderna, sediada em Massachusetts (EUA), anunciou que a vacina desenvolvida pela empresa tem 94,5% de eficácia na prevenção contra a covid-19. A divulgação foi feita com base em análise preliminar dos estudos da fase 3 de testagem da vacina, denominada mRNA-1273.

A taxa de eficácia representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado em comparação com o grupo não vacinado. Como os dados são provisórios, não foram publicados em revista científica.

Os testes envolvem 30.000 voluntários. A análise provisória da Moderna incluiu 95 participantes com casos confirmados de covid-19. Dentre eles, apenas 5 infecções ocorreram naqueles que receberam a vacina, que é administrada em duas doses com 28 dias de intervalo.

A Pfizer também anunciou que o imunizante que vem produzindo em parceria com a BioNTech tem alto percentual (90%) de eficácia contra o novo coronavírus, assim como a desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.

Na entrevista ao Axios, Tal Zaks também anunciou que uma vacina contra covid-19 específica deve estar disponível para crianças até o fim do 1º semestre de 2021.

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