92% DE EFICÁCIA: Vacina russa tem sucesso em testes em massa e não apresenta reações graves em voluntários

O Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia da Gamaleya, ligado ao Ministério da Saúde da Rússia, divulgou informações nesta quarta-feira (11) de um estudo que teria comprovado a eficácia de 92% da vacina Sputnik V no combate ao coronavírus.

A informação é baseada em dados provisórios de ensaios clínicos, que detectaram apenas 20 casos de infecção em um universo de 16 mil voluntários que receberam vacina ou placebo.

“O uso da vacina e os resultados dos testes clínicos demonstram que é uma solução eficiente para interromper a disseminação da infecção por coronavírus, uma ferramenta preventiva de saúde, e este é o caminho mais bem-sucedido para derrotar a pandemia”, declarou o ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko.

Em setembro, a Sputnik V já havia alcançado uma eficácia de 90% de eficácia durante estudo com 10 mil voluntários de grupos de alto risco, como médicos e profissionais de saúde.

No total, 40 mil voluntários participam dos testes da vacina russa, segundo informações do ministério da Saúde do país.

Em 11 de novembro, como parte dos ensaios clínicos em 29 centros médicos da Rússia, mais de 20.000 voluntários foram vacinados com a primeira dose e mais de 16.000 voluntários com a primeira e a segunda doses da vacina.

Nenhum evento adverso inesperado foi identificado como parte da pesquisa. Alguns dos vacinados apresentaram eventos adversos menores de curto prazo, como dor no local da injeção, síndrome semelhante à gripe, incluindo febre, fraqueza, fadiga e dor de cabeça.

“A publicação dos resultados provisórios dos ensaios clínicos demonstram de forma convincente a eficácia da vacina Sputnik V e permite a vacinação em massa na Rússia contra COVID-19 nas próximas semanas. Graças à escala de produção em novos locais de fabricação, a vacina Sputnik V logo estará disponível para uma população mais ampla. Isso quebrará a tendência atual e levará a uma eventual redução nas taxas de infecção de COVID-19, primeiro na Rússia, depois globalmente”, disse Alexander Gintsburg, diretor do centro da Gamaleya.

Os estudos devem continuar nos próximos seis meses e a vacina já está sendo testada em países como Bielo-Rússia, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.

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