Mulher denuncia personal trainer por agressão e assédio: “Me deu um murro que caí de barriga no chão”

Uma empresária, de 30 anos, procurou a Polícia Civil para denunciar por agressão física e assédio o personal trainer que contratou para treiná-la em uma academia em Contagem, Minas Gerais. Segundo ela relatou em a agressão teria acontecido durante um treino na última sexta-feira, 4.

Os episódios de assédio, no entanto, segundo relata a vítima, começaram um pouco antes. Em uma conversa por aplicativo de mensagens em julho, a empresária avisa o personal que não iria à academia porque estava com dores provocadas por fibromialgia. O profissional então a responde: “Era pra tá aqui na nossa festa do pijama, mas você arregou. Já era pra tá ganhando massagem [sic]”.

“A questão de “minha linda”, “meu bem” sempre teve. Teve convites pra sair, né? E aí começou uma certa intimidade, eu falo que foi uma intimidade solitária. Uma intimidade criada por ele, nunca por mim”, contou ela.

Segundo a vítima, há cerca de duas semanas o personal chegou a tocar no corpo dela. “Eu estava num aparelho que você fica deitado, né? Levantando as pernas para trás. Eu ganhei um tapa na bunda, mas um tapa muito forte. Aí eu levantei imediatamente, olhei pra ele e perguntei o que estava acontecendo e ele falou comigo: “Nossa, deixeu meu celular cair em você”. Mas não foi o celular, foram as mãos dele”, relatou.

Já na sexta-feira passada, a mulher disse que foi insultada após afirmar que não conseguiria fazer um exercício. “Durante a prancha ele falou assim: “Fica um minuto na prancha”. Eu senti fisgada. E eu falei: “Não vou ficar. Minha lombar tá doendo, tô sentindo fisgada”. Aí ele: “Sua inútil! Seu animal! Lixo, volta pra prancha que eu vou te dar um bicudo que você vai chegar na sua casa com ele”.

Imagens cedidas pela vítima mostram o momento em que o personal chega por trás dela e parece encostar em seu corpo. De acordo com a empresária, pouco tempo depois ele também a agrediu. “Me desferiu um murro nas costas, eu caí de barriga para o chão”, contou.

Após a agressão, a vítima afirma que o personal enviou um áudio pedindo desculpa por possivelmente ter “se exaltado”. “Então, desculpa pela forma que eu falei, por ter exaltado tá? Não deveria ter exaltado, mas, em todo caso né? Me desculpa, viu? Reconheço. Exaltei, tá? [sic]”, teria dito ele no áudio.

Além de ter procurado a polícia, a empresária também pede que a academia tome providências sobre o caso. “Eu acho que a academia precisa, urgentemente, tomar uma atitude diante disso. Eu não posso dizer que foi uma falha da academia, mas talvez uma falha humana. Eles deixaram acontecer comigo, porque foi na cara de todo mundo. Eles podiam, pelo menos, ter me levantado, ou falado “para!”, ou falado alguma coisa”, disse ela ao telejornal.

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que o caso segue sendo investigado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) do município. “Outras informações serão repassadas em momento oportuno”, afirmou a corporação ao Terra.

A reportagem tenta localizar a defesa do suspeito. O espaço segue aberto para manifestações.

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