TESOURO ENCONTRADO: Coleção de relógios de Aguinaldo Ribeiro integrou grande esquema de receptação de objetos de luxo roubados

O deputado federal Aguinaldo Ribeiro, pode respirar aliviado, sua coleção de relógios de luxo parece ter sido encontrada.

O apartamento do deputado foi roubado em novembro e diversos objetos de luxo foram levados, entre eles, uma coleção de relógios avaliada em mais de R$1 milhão de reais. Como adiantado pelo Expresso PB, dificilmente os relógios do deputado apareceriam em bacias no comércio popular. As peças roubadas foram encontradas numa joalheria num shopping de alto padrão em São Paulo.

Na época que a imprensa paraibana descobriu o roubo, o parlamentar tentou abafar o caso, mas ao encontrarem os objetos e aparecerem indícios de um grande esquema de receptação de itens de luxo roubados, o parlamentar pode não ter como escapar da publicidade.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, a polícia paraibana mantém contato com delegacias de outras partes do Brasil em busca dos suspeitos. “Casos semelhantes foram encontrados durante as investigações e duas pessoas já foram presas, mas ainda é cedo confirmar que os objetos da vítima estavam entre os bens encontrados durante a operação. O caso está em investigação“, disse João Paulo Amazonas.

Em nota, a assessoria do político informou que ainda não tem conhecimento da identificação de relógios encontrados na loja durante a Operação Diamante de Sangue. “O parlamentar teve uma coleção de relógios de família furtada em seu apartamento, no ano passado. E espera que a polícia possa reencontrá-los”.

A ação da polícia apreendeu 105 relógios de luxo, sem nota fiscal, em São Paulo e Minas Gerais. A operação investiga receptação de artigos de luxo. Foram cumpridos mandados de busca em São Paulo e Minas Gerais. Os relógios confiscados podem custar pelo menos R$ 4 milhões.

A operação recebeu o nome de Diamante de Sangue e contou com a participação de um promotor de Justiça de Minas e 18 policiais militares de São Paulo, além do apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público paulista.

Início das investigações

A investigação teve início na sexta-feira (21), quando um promotor de Justiça descobriu na loja do Cidade Jardim um relógio que pertencia a ele e tinha sido roubado em 12 de dezembro em Osasco, na Grande SP.

Após o roubo, ele começou a receber oferta de relógios nas redes sociais e descobriu um modelo igual ao dele sendo vendido justamente na loja Royale Watches, no Shopping Cidade Jardim.

Ao ir até o local, ele confirmou que o número de série do relógio vendido era o mesmo que ele tinha comprado por cerca de R$ 98 mil.

A polícia foi chamada e proprietário do estabelecimento exibiu um contrato de consignação, mas não exibiu o certificado ou nota Fiscal da origem daquele bem.

Ele foi preso por receptação, mas, ao pagar a fiança, foi liberado no dia seguinte. Mas o Ministério Público começou as investigações sobre a procedência dos relógios vendidos no local.

“Por se tratar de venda de objetos de luxo em shopping na área nobre da cidade, era imprescindível a adoção de medidas cautelares de urgência e diligências imediatas, com a finalidade que não se perdesse os objetos de origem espúria”, disse um comunicado do MP-SP.

O que dizem as partes

A loja Royale Watches informou que tem amplo interesse no esclarecimento do caso e que está à disposição dos órgãos responsáveis pela investigação para contribuir no que for necessário.

A empresa também disse que assim que descobriu que uma das peças era produto de roubo, devolveu o relógio à vitima.

O Shopping Cidade Jardim afirmou, por meio de nota, que acompanha as investigações em andamento e “não é responsável pela fiscalização de produtos comercializados pelos lojistas”.

“Caso irregularidades sejam comprovadas, o shopping adotará as medidas cabíveis, podendo chegar à rescisão do contrato. O Shopping Cidade Jardim não compactua e não admite práticas desleais”, disse a nota.

A ocorrência de receptação foi registrada no 6º Distrito Policial de Osasco.

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