Após atraso para início de ano letivo, pais denunciam descaso na educação de CG

Após atrasar mais de uma semana o início do ano letivo em Campina Grande, a gestão do prefeito Romero Rodrigues foi alvo de denúncias por descaso na educação da cidade. Pais de alunos matriculados na gestão municipal afirmam que não haverá, nesta primeira semana de aulas, café da manhã nas creches municipais e que os alunos especiais só poderão comparecer as escolas/creches no dia 2 de março, pois a Prefeitura não disponibilizou as cuidadoras, para o inicio das aulas nesta semana. Por conta desse fato, os responsáveis pelos estudantes emitiram uma “carta de repudio” à gestão municipal.

Sobre a primeira denúncia, a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab), a professora Mônica Cristina da Cunha, por meio de comunicado à imprensa e redes sociais, revelou que o atual Secretário de Educação de Campina, Rodolfo Gaudêncio Bezerra, determinou que as creches e escolas nesta 1° semana não terão café da manhã para os alunos, havendo apenas um lanche às 10hs; e que não terão jornada neste mês de fevereiro, pois o prefeito não irá pagar. “Esse secretário não está cumprindo com nada”, disse a vice-presidente do Sintab.

A outra denúncia foi revelada por meio de carta aberta à imprensa, onde os pais de crianças especiais lamentaram a posição da gestão de Romero e Enivaldo, de suspender a presença dos alunos especiais nestas primeiras semanas de aulas, alegando que só contratará as cuidadoras a partir do dia 02.03.2020, fato esse que motivou a nota de repudio dos pais destes alunos.

“Lamentavelmente a Secretária de Educação repete uma prática que vem ocorrendo nos últimos anos. Devemos lembrar que pela Lei das Diretrizes Básicas da Educação que regulamenta a educação no Brasil, as escolas devem cumprir 200 anos letivos. De acordo com a legislação atual, o ensino especial para alunos com deficiência deve ser oferecido preferencialmente na rede regular de ensino. Portanto, solicitamos que se faça se cumprir a Lei N° 13.146 e que nossos filhos tenham acesso e início das aulas na data prevista para o começo do ano letivo”, diz trecho da carta enviada pelos pais dos alunos especiais de Campina.

Saúde – No tocante à mobilização realizada no último dia 12 na Secretária de Saúde do Município, esta se estendeu na última quinta-feira (13). “Há muito tempo não se cumpre nem o que se fala nem o que se coloca no papel, nesta gestão. O pagamento desta verba entra regularmente nas contas do município e a gestão municipal ainda não pagou nenhum servidor. Não há um único cumprimento das nossas pautas, daquilo que já está negociado e que foi apresentado à categoria em documento”, detalhou o presidente do Sintab, Giovanni Freire, anunciando também que as paralisações continuam, em decorrência do descaso, nos dias 18, 19 e 20, sendo este último, também com manifestação, novamente na SMS, a partir das 9h. Veja o vídeo da mobilização de ontem: https://youtu.be/V55xVPUGKe8

Ele frisou que não houve ainda a nomeação da portaria com os nomes da comissão de avaliação dos Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para agentes de combate às endemias (ACE), agentes comunitários de saúde (ACS) e demais profissionais da saúde. “Se depender da gestão municipal, as semanas passam, as paralisações continuam, mas não há nenhum cumprimento daquilo que foi proposto pela própria Secretaria de Saúde, através de documento. O PCCR é lei no município, o reajuste do piso nacional dos agentes é lei federal e também é lei neste município e também não é cumprido, além das condições de trabalho que continuam precárias. Está difícil esta negociação e mais difícil ainda para o trabalhador carregar este prejuízo”, completou.

Giovanni destacou ainda que os servidores do município, de todas as categorias, sofreram mais um duro golpe no final de 2019. “No final do ano passado a Câmara Municipal votou e aprovou, sem chance de debate com os trabalhadores, a proposta da reforma na previdência do município para o aumento na alíquota previdenciária de 11% para 14%”, afirmou.

Redação

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo