QUEDA DE BRAÇO PELA MÁSCARA: Secretário da Saúde da PB discorda de Ministro da Saúde e diz que obrigatoriedade deve continuar

O secretário da saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, esteve nesta terça (16) no Programa 360º.

O secretário comentou a declaração do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que esteve na Paraíba recentemente e afirmou  que vai trabalhar para ter um “Natal sem máscara”. Para Geraldo o raciocínio é simples: “Se a transmissão é por via aérea e você usa uma barreira mecânica que pode impedir a entrada do vírus, ela impede a proliferação da doença”.

O gestor citou casos mal sucedidos da liberação da obrigatoriedade de máscaras: “A Europa fez isso, desobrigou a máscara e agora estão vivendo novos recordes de mortes. A máscara hoje representa uma inibição na contaminação”.

Geraldo disse que mesmo avanço da vacinação no país, o uso de proteção e do distanciamento social ainda são necessários: “A vacina protege, mas não evita a contaminação”.

Por que ainda é importante o uso de máscara

Apesar da queda do número de mortes e da taxa de transmissão do coronavírus, e do avanço da vacinação no Brasil, o uso da máscara segue sendo importante para a proteção contra a Covid-19. Especialistas apontam uma série de motivos para a manutenção da prática.

Estudos mostram que a principal forma de transmissão do coronavírus ocorre pelo ar, por meio de aerossóis, partículas bem pequenas que permanecem flutuando e se acumulam quando estão em ambientes com pouca ventilação.Com isso, o foco da prevenção deve ser em não compartilhar o ar com outras pessoas.

Em ambientes fechados, mal ventilados, como no transporte público, uma máscara de boa qualidade, tipo PFF2, e bem ajustada no rosto, é essencial. É a única forma de garantir que não há troca de aerossóis com outras pessoas contaminadas e também de não contaminar ninguém.

As aglomerações em ambientes fechados sem máscara também aumentam a circulação do vírus e favorecem o surgimento de novas variantes.

Os especialistas também ressaltam a questão da vacinação. As vacinas aplicadas no Brasil reduzem significativamente a possibilidade de a pessoa imunizada ter a forma grave ou morrer de Covid-19. No entanto, a imunização não é 100% eficaz. Pois é necessário que uma parcela alta da população esteja vacinada para que a pandemia seja realmente controlada. Estima-se que seja um patamar acima de 70%.

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