Livre, leve e solto: Coriolano segue sem ser julgado e sensação de impunidade põe em xeque a credibilidade das instituições

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes decidiu, na última quinta-feira (26), pelo relaxamento da medida cautelar que determinava ao réu da Operação Calvário, Coriolano Coutinho, o uso de tornozeleira eletrônica.

Coriolano, que é reu em várias denúncias do Ministério Público da Paraíba (MPPB), e considerado pelos promotores como uma figura central no suposto esquema de corrupção que existiu na gestão de seu irmão, o ex-governador Ricardo Coutinho, tem obtido sucessivas vitórias na justiça desde dezembro de 2021, quando saiu do presídio para cumprir prisão domiciliar.

Ainda neste mês, o ministro Sebastião Reis, relator da Calvário no Superior Tribunal de Justiça (STJ), permitiu que Coriolano deixe João Pessoa sem necessidade de autorização judicial prévia.

Ao passo em que nenhum réu pode ser penalizado eternamente com medidas antes de ser considerado condenado pela justiça, a sociedade também não pode ser penalizada com o trânsito livre de pessoas que podem ter cometidos crimes de natureza grave e conviver com a sensação de impunidade e todos os malefícios que ela traz para a credibilidade das instituições junto ao povo.

É urgente a necessidade de que Coriolano e todos os réus de denúncias relativas à Calvário sejam julgados com celeridade e paguem o que tiverem de pagar ou sejam inocentados e sigam as suas vidas, se for este o caso.

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