Ex-presidente da Bolívia é presa acusada de participar de tentativa de golpe

Na madrugada deste sábado (13) a ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, foi presa dentro de sua casa por acusações de participação em uma tentativa de golpe de Estado. A informação foi anunciada pelo ministro de Governo, Eduardo Del Castillo Del Carpio, em mensagem no Facebook. “Informo ao povo boliviano que a senhora Jeanine Áñez já foi detida e está atualmente nas mãos da Polícia”, escreveu sem dar mais detalhes.

Minutos depois da postagem, Jeanine se pronunciou em sua conta no Twitter e afirmou que o partido governista, o Movimento ao Socialismo (MAS), ordenou que fosse presa “em um ato de abuso e perseguição política”. “Me acusa de ter participado de um golpe que nunca aconteceu. Minhas orações pela Bolívia e por todos os bolivianos”, disse.

O Ministério Público do país ordenou na sexta-feira, 12, a prisão da ex-presidente interina pelos delitos de “sedição e terrorismo”, relacionados com a crise política de outubro e novembro de 2019, que levou à renúncia de Evo Morales da presidência. O MP também pediu a detenção – a instituição conta com essa prerrogativa no país andino – do ex-comandante das Forças Armadas general William Kaliman e do ex-chefe da polícia Yuri Calderón por terem pedido então a renúncia de Evo.

A ordem de prisão foi dada no momento em que o MAS exige um julgamento por golpe de Estado contra vários opositores e ex-líderes militares.

O general Kaliman e Calderón pediram publicamente a renúncia de Evo em novembro de 2019, quando o país enfrentava protestos que deixaram 36 mortos após denúncias de fraude nas eleições. A crise precipitou a renúncia de Evo, que tinha sido reeleito para um quarto mandato até 2025.

Kaliman ainda não foi preso e Calderón não foi encontrado em sua casa para assumir sua defesa no julgamento por sedição e conspiração em que Jeanine também está sendo investigada.

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