Motorista de aplicativo se finge de morta ao sofrer agressão em assalto e ser jogada em rio

Uma motorista de transporte por aplicativo foi espancada durante um assalto em Tangará da Serra, no Mato Grosso, no último sábado (24). Marcia Angola, de 40 anos, se fingiu de morta para tentar escapar dos assaltantes. A vítima ainda foi jogada de cima da ponte do Rio Sepotuba.

Ela fingiu estar morta enquanto era agredida pelos quatro assaltantes e quando emergiu da água após ser jogada no rio. Os homens se passaram por clientes para realizar o assalto.

Marcia contou que ficou consciente o tempo todo. “Eles me chamaram por aplicativo e paramos em uma esquina onde disseram que buscariam uma pessoa. Mas essa pessoa não existe e anunciaram o assalto”, contou para o portal G1.

Ela relata que em seguida foi jogada no banco de trás e ameaçada. Eles queriam dinheiro e o carro, mas a motorista não tinha um grande valor no veículo. Eles vendaram a vítima e dirigiram em alta velocidade.

“Em determinado momento eu puxei a venda e acho que foi isso que os irritou. Começaram a me bater, me deram murros e diziam que iam me enforcar e matar. A saída que eu tive era me fingir de morta”, disse.

Ela, no entanto, não pode esconder que estava viva por muito tempo: ficou com falta de ar e teve de respirar fundo.

“Ele viu que eu estava viva e os outros disseram: ‘vamos matar, aperta o pescoço dela’. Em momento nenhum disseram o motivo [das agressões]. Em certo momento riram da minha cara inchada e machucada”, conta.

Quando o carro parou na ponte, a vítima foi agredida novamente.

“Eles estavam com medo de que alguém aparecer e me puxaram pelas mãos e pelos pés. Me jogaram de cima da ponte”, relatou.

A motorista, no entanto, não sabia nadar.

“Quando eu caí, só lembro que pedi a Deus para que eu caísse na água, porque se caísse na terra eu tinha morrido. Eu afundei quando voltei a superfície eu vi que eles estavam olhando. Eu continuei quieta e afundei de novo, deixei a água me levar rio abaixo, fui tentando me equilibrar, meio que boiando pois não sabia nadar e não podia ir para o fundo”, contou.

Quando percebeu que os assaltantes tinham ido embora, ela saiu da água e pediu socorro aos moradores de um sítio próximo. Ela foi encaminhada para atendimento médico.

Os quatro homens fugiram mas foram encontrados na cidade. Um deles foi detido. O caso é investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso.

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