Xiaomi apresenta queixa em tribunal dos EUA contra decisão de Trump que classifica empresa como aliada do exército chinês

Atualmente a Xiaomi é uma das empresas chinesas que encontram-se em uma lista oficial do governo norte-americano de empresas que possuem ligação direta com as Forças Armadas da China. Buscando reverter isso, a empresa entrou com uma queixa em um tribunal de Washington contra os Departamentos de Defesa e Tesouro dos EUA. Caso a decisão seja mantida, cidadãos norte-americanos ficam proibidos de negociarem ou terem ações da gigante de tecnologia.

Ainda sob o governo de Donald Trump, o Departamento de Defesa acrescentou a Xiaomi e outras oito companhias à lista, que exige que investidores americanos se desfaçam de seus ativos em um prazo definido. Uma ordem executiva assinada pelo então presidente ainda proíbe o comércio e o investimento em qualquer companhia citada no documento.

Na reclamação, dirigida ao atual secretário de defesa, Lloyd Austin – nomeado pelo presidente Joe Biden – e à secretária do Tesouro, Janet Yellen, a Xiaomi chamou a sentença de “ilegal e inconstitucional” e garante que a empresa não é controlada pelo Exército de Libertação Popular.

De acordo com a empresa, 75% dos direitos de voto da Xiaomi estão sob uma estrutura comandada pelos cofundadores Lin Bin e Lei Jun, “sem propriedade ou controle de um indivíduo ou entidade afiliada ao exército”.  A Xiaomi ainda esclarece que um “número substancial” de seus acionistas são pessoas ou grupos dos EUA – inclusive três de seus dez maiores detentores de ações ordinárias.

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