Comissão da UFPB formada para gerir ações de coronavírus nega suspensão de aulas

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) formou nesta quinta-feira (12) uma comissão para tratar de ações de prevenção ao coronavírus. Por enquanto, as aulas estão mantidas, mas foram repassadas orientações ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) sobre a quarentena necessária aos alunos que estão ou têm previsão de viagem para fora do país.

Duas estudantes que estão na Itália e na República Tcheca, por exemplo, foram orientadas pela comissão a se manter afastadas do campus pelo período de 14 dias depois do desembarque a fim de evitar o risco de eventual contágio.

Os membros designados para coordenar as ações sobre coronavírus na UFPB são o professor Eduardo Sérgio, diretor do Centro de Ciências Médicas, que preside a comissão; professor João Euclides, diretor do Centro de Ciências da Saúde; além da professora Flávia Pimenta, superintendente Hospital Universitário Lauro Wanderley; Moisés Diogo de Lima, gerente de saúde do HU e os doutores Luciana Holmes Simões e Francisco de Assis Silva, infectologistas do HULW.

“Por enquanto, vamos observar a situação e não planejamos suspender as aulas. Os alunos e professores que estiverem retornando do exterior serão orientados a manter um período de quarentena antes de voltar a frequentar as aulas. Entramos em contato com a Secretaria de Saúde e obtivemos a garantia de que há normalidade no registro de casos suspeitos no Estado, sem nenhuma confirmação até agora”, disse o professor.

Em um vídeo publicado em rede social, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que as instituições de ensino precisam se preparar para “medidas emergenciais pontuais” por conta do novo coronavírus. Weintraub sugere que, caso seja necessário, é preciso ter pronto um plano de aulas “remotas”.

Porém, durante uma audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que vê a possibilidade de suspensão de aulas como um potencial risco para avós de crianças que, por serem idosos, integram o principal grupo de risco da Covid-19.

O Ministério da Educação divulgou uma série de recomendações aos reitores de instituições de ensino superior para evitar o contágio pelo coronavírus. Confira:

“O Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Vigilância em Saúde, expediu recomendação ao Ministério da Educação para que promova as seguintes ações junto às instituições:

-Promover avidades educativas sobre higiene de mãos e etiqueta respiratória (conjunto de medidas comportamentais que devem ser tomadas ao tossir ou espirrar);

-Estimular a higienização das mãos com água e sabonete líquido e/ou preparações alcoólicas, provendo, conforme as possibilidades, lavatório/pia com dispensador de sabonete líquido, suporte com papel toalha, lixeira com tampa com acionamento por pedal e dispensadores com preparações alcoólicas para as mãos (álcool em gel), em pontos de maior circulação, tais como: recepção, corredores de acessos à sala de aulas e refeitório;

-Estimular o uso de lenços de papel, bem como seu descarte adequado;

-Realizar a limpeza e desinfecção das superficies das salas de aula e demais espaços (cadeiras, mesas, aparelhos, bebedouros e equipamentos) após o uso. Preconiza-se a limpeza das supercies, com detergente neutro, seguida de desinfecção (álcool 70% ou hipoclorito de sódio);

-Evitar compartilhamento de copos/vasilhas;

-Estimular o uso de recipientes individuais para o consumo de água, evitando o contato direto da boca com as torneiras dos bebedouros;

-Manter os ambientes arejados por ventilação natural (portas e janelas abertas);

-Evitar atividades que envolvam grandes aglomerações em ambientes fechados, durante o período de circulação dos agentes causadores de síndromes gripais, como o novo coronavirus (COVID-19);

-Manter a atenção para indivíduos (docentes, discentes e demais profissionais) que apresentem febre e sintomas respiratórios (tosse, coriza, etc.). Orientar procura por atendimento em serviço de saúde e, conforme recomendação médica, manter afastamento das atividades;

-Comunicar às autoridades sanitárias a ocorrência de suspeita de caso(s) de infecção humana pelo novo coronavírus (COVID-19).”

Da redação com informações do Parlamento PB

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