Nasa identifica o objeto misterioso que está em órbita da Terra

Usando um telescópio no Havaí, uma equipe do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL) conseguiu determinar que um objeto misterioso em órbita da Terra não é um asteroide, mas sim um pedaço de um foguete.

Batizado de 2020 SO e descoberto em 17 de setembro, o objeto foi originalmente classificado como uma minilua, categoria que descreve corpos espaciais que ficam presos temporariamente na órbita do nosso planeta.

Observações iniciais estimavam que o objeto misterioso tinha um tamanho compatível com o Centaur, 10 metros de altura por 3 metros de diâmetro. A suposição foi comprovada quando uma equipe liderada por Vishnu Reddy, da Universidade do Arizona, usou um telescópio infravermelho no Havaí para observar o objeto e comparar suas características com outro Centaur, lançado em 1971, que também está em órbita da Terra.

O 2020 SO fez sua aproximação máxima da Terra na última terça-feira (1), quando chegou a 50.476 quilômetros. Ele sairá de nossa vizinhança em março, continuando sua própria órbita ao redor do Sol, e só retornará em 2036.

Asteroides que passam perto da Terra, como o 1998 OR2 em abril deste ano, são constantemente monitorados.

Defesa contra objetos misteriosos ou conhecidos

A detecção de 2020 SO é mais um exemplo de nosso sistema de defesa planetária em ação. Cientistas monitoram constantemente asteroides e objetos em volta da Terra para determinar se há risco de colisão com a superfície do planeta ou com objetos em órbita, como a Estação Espacial.

Objetos a menos de 1,3 Unidades Astronômicas (AU) do Sol são classificados como NEOs, ou “Near Earth Objects” (Objetos próximos da Terra), sendo 1 AU a distância entre a Terra e o Sol.

Objetos com tamanho estimado em mais de 140 metros cuja órbita cruza a da Terra são chamados de PHOs (Potentially Hazardous Objects, ou “Objetos Potencialmente Perigosos”), não importa a probabilidade de impacto com nosso planeta, e colocados sob vigilância constante.

Caso haja uma probabilidade significativa de impacto, há protocolos para alertar as áreas do planeta sob risco e avaliar medidas para mitigação dos danos. Felizmente, até o momento eles nunca precisaram ser acionados.

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