Justiça declara que mulher encontrada com 20 facadas na nuca morreu de suicídio

A família da norte-americana Ellen Greenberg luta pela reabertura da investigação do caso da morte da mulher que em 2011 foi encontrada morta com 20 facadas na nuca e na parte de trás da cabeça. A investigação policial concluiu que ela morreu por suicídio. A Justiça americana chocou com a decisão, já que o corpo da professora também tinha hematomas.

A natureza violenta do crime leva a família a crer que a morte de Ellen foi um assassinato brutal. Desde a decisão da justiça, a família pede que seja feita uma audiência de recurso, mas a decisão da Justiça foi mantida, apesar de uma atualização considerar “profundamente falha” a investigação policial do caso, segundo os documentos judiciais, de acordo com o jornal americano Fox News.

Ainda de acordo com o noticiário, a cena do crime foi alterada antes da polícia ser acionada. Uma equipe de especialistas concluiu que uma faca foi derrubada no local, sugerindo que Ellen teria se envolvido em uma briga. Um corte na parte de trás da cabeça dela pode tê-la deixado inconsciente e incapaz de se defender.

A família também questionou a justiça sobre o motivo de Ellen ter enchido o tanque de gasolina de seu carro antes de voltar para casa naquele dia, e não ter deixado um bilhete dizendo que tiraria a própria vida, já que a conclusão foi de que houve um suicídio.

Apesar das evidências, a apelação decidiu que não há legitimidade para uma ação civil, ainda que os juízes tenham criticado a ação dos policiais, dos promotores e do instituto médico legal da Filadélfia.

“Os fatos que rodeiam este assunto são extremamente perturbadores e os esforços incansáveis dos pais ao longo dos últimos 12 anos para saber exatamente o que aconteceu à sua filha na noite de 26 de janeiro de 2011, justificam a nossa sincera simpatia”, escreveu a juíza Ellen Ceisler.

Limpeza na cena do crime
Inicialmente, houve uma conclusão de homicídio, porém, uma liberação para limpeza da cena do crime atrapalhou a investigação. Joe Podraza, o advogado da família, acrescentou que o síndico do prédio gravou um vídeo da cena do crime antes da limpeza e o entregou à polícia, mas o vídeo não foi encontrado.

As evidências mostravam que pelo menos duas das 20 facadas foram dadas depois que o coração de Ellen já havia parado de bater.

“Esse é o aspecto mais surpreendente da opinião: você tem, pelo que li, três juízes dizendo que esta jovem foi assassinada, a investigação é extremamente falha e embaraçosa, há um assassino ou assassinos por aí, mas nossas mãos estão atadas e ninguém pode fazer nada, exceto os funcionários do governo, e você está, portanto, sujeito aos seus caprichos”, criticou o advogado da família.

Os pais de Greenberg planejam apelar da decisão à Suprema Corte do Estado.

 

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