FAKE NEWS: TSE nega que ataques hackers possam afetar resultado das eleições como afirma mensagem compartilhada nas redes sociais

Está circulando nas redes sociais uma informação de que no último domingo (15) o sistema do Tribunal Superior Eleitoral teria sido alvo de um ataque hacker e que estar seria mais uma prova de que as urnas eletrônicas utilizadas no Brasil não seriam seguras.

“Após negar ataque, TSE tem bancos de dados expostos por hackers em dia de eleição. TSE acaba de ser hackeado. O Tribunal negou o ataque e aí os hackers expuseram o banco de dados em dia de eleição. Pode confiar nas urnas eletrônicas, viu amiguinho. Voto impresso já!”, afirma o texto que vem sendo compartilhado nas redes sociais.

FALSO

A informação é falsa. Não há evidências de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha sofrido um ataque hacker bem sucedido com vazamentos de dados hoje (15). O que houve foi uma tentativa de ataque com acessos em massa, para derrubada do sistema do TSE — o que não envolve sequestrar dados, apenas sobrecarregar o sistema. Essa ação foi neutralizada. Além disso, durante a votação, as urnas não ficam em rede, e, portanto, não seriam afetadas mesmo que o ataque fosse bem sucedido.

Paralelamente, um banco de dados antigo do TSE foi divulgado por um perfil anônimo, identificado como CyberTeam, no Facebook e no Twitter. “15/11/2020 dia de eleição, e também um dia de vazamento do banco de dados do TSE”, diz a publicação. Em seguida, a mesma página publicou que o tráfego do suposto banco de dados vazado teria causado instabilidade em plataformas do Tribunal.

Em coletiva de imprensa, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, negou que esse vazamento tenha ocorrido hoje. Ele disse que o vazamento era apurado e afirmou que eventuais ataques cibernéticos não causam risco à votação, já que as urnas não funcionam em rede. Posteriormente, o TSE confirmou que o vazamento foi anterior a 26 de outubro, mas não precisou a data em que o ataque ocorreu. Segundo o portal TecMundo, os dados são de entre 2001 e 2010, mas a Justiça Eleitoral não confirma essa informação.

Além disso, Barroso reforçou que as urnas não operam na rede que foi atacada de forma mal sucedida neste domingo. “Sempre lembrando que as urnas já estão inseminadas e guardadas e estão todas elas fora das redes. Então eventuais ataques cibernéticos não tem condão de afetar o processo de votação, porque as urnas não funcionam em rede. Portanto, não há esse risco”, afirmou.

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