‘O PIOR CASO ATÉ HOJE’: Promotor Marinho Mendes faz balanço de carreira e destaca caso histórico do Brejo Paraibano

O promotor Marinho Mendes esteve nesta sexta (24) no Programa 360º. Com uma trajetória digna de série premiada, Marinho relata sua vida de obstáculos onde passou fome, trabalhou no roçado, foi ajudante de caminhão, servente de pedreiro, empregado doméstico e soldado, cabo e sargento do Exército.

Atuando na cidade de Pedras de Fogo, Marinho pode até ter ficado fora dar rota de cidades maiores, mas seu espírito corajoso o coloca no centro de muitas polêmicas, como comentar sobre o caso Bruno Ernesto: “Não houve justiça. Claramente foi um crime encomendado, mas ficou por isso mesmo”.

Bruno Ernesto um dos coordenadores do Projeto Jampa Digital e foi assassinado há 11 anos, segundo o poder público, num latrocínio. A morte de Bruno foi associada com o escândalo do Jampa Digital á que dois anos depois, foi escândalo nacional, com uma extensa reportagem do Fantástico (Rede Globo).

Após o crime, alguns bandidos chegaram a admitir terem sido contratados para realizar “o serviço”. Marinho disse que a história correu a “toque de caixa” e no final restou apenas impunidade.

Mas segundo o promotor, esse não foi o pior caso que teve conhecimento. Ao ser perguntando sobre qual o pior caso até hoje, ele é rápido em responder: “O Esquadrão da Morte”.

O caso data dos anos 80 onde policiais militares assassinaram cerca de 50 pessoas na região de Guarabira. Marinho foi um dos promotores responsáveis por colocar os três acusados para encontrar a justiça: “Os policiais militares usavam luvas e capas pretas para cometer os assassinatos, e a população de Guarabira temia as mortes causadas pelo “homem da capa preta”, relata. No início, os acusados matavam jovens acusados de pequenos furtos. Logo passaram a executar qualquer tipo de desafeto, incluindo chefes de família. A aparente falta de critério para as mortes causou pânico nos moradores.

O Capitão Givanildo era o chefe do trio e chegou a fugir após ser constatado a autoria do crime. Marinho então recorreu ao programa Linha Direta para conseguir divulgar o caso e conseguir recapturar Givanildo. Givanildo morreu em 2009, aos 54 anos de idade. Ele estava preso há pouco mais de 10 anos e foi condenado a 96 anos de prisão por seus crimes.

Confira a entrevista completa com Marinho abaixo:

 

 

 

 

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