INDICAÇÃO MILITAR: Novo ministro da educação é da reserva da Marinha além de ser professor universitário

Nomeado nesta tarde como ministro da Educação, o professor Carlos Alberto Decotelli é considerado uma indicação da ala militar do governo. No início da gestão de Jair Bolsonaro, ele ocupou por seis meses a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), quando Ricardo Vélez comandava o MEC. Depois, foi substituído pelo advogado Rodrigo Sergio Dias, indicado à época pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. A segunda nomeação também durou poucos meses.

Decotelli é oficial da reserva da Marinha e coordenou atividades na Escola de Guerra Naval. Ele participou ativamente do planejamento de governo, durante o período de transição. Desde que Abraham Weintraub deixou o MEC, após protagonizar o agravamento da crise entre os Poderes, os ministros militares vinham recomendando a Bolsonaro a escolha de um novo ministro com currículo exemplar, capacidade de gestão e bom diálogo. A escolha de Decotelli é uma derrota da ala ideológica, que defendia a manutenção do alinhamento às ideias de Weintraub.

Financista, autor de livros e professor, Decotelli realizou pós-doutorado na Bergische Universitãt Wuppertal, na Alemanha; é doutor em administração financeira pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina; mestre em administração pela Fundação Getúlio Vargas – FGV/EBAPE; MBA em administração pela FGV/EBAPE/EPGE e bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.

Antes da definição, Bolsonaro ouviu outros cotados, como o empresário e secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, que chegou a ser apontado como favorito por ter apoio do centrão, empresários e da comunidade judaica. No entanto, Bolsonaro ficou incomodado com o fato de Feder ter feito uma doação para a campanha do governador de São Paulo, João Doria, na campanha à prefeitura da capital paulista.

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo