Mulher liga para polícia fingindo pedir pizza e ex-marido acaba preso

Uma mulher denunciou o ex-marido para a Polícia Militar de Santa Catarina ao interpretar a solicitação de uma pizza no telefone. O caso ocorreu às 20h30 de ontem em Itapema, litoral catarinense.

Segundo a polícia, a mulher, cuja identidade não foi revelada, afirmou que precisava “com urgência” de uma entrega. Os agentes compreenderam que se tratava de uma ocorrência de violência contra a mulher e encaminhou uma guarnição até a residência, onde um policial se identificou como “entregador”.

Ao chegar no local, a polícia ouviu a vítima, que relatou que estava tentando sair de casa e realizar uma mudança para outra cidade quando foi ameaçada pelo ex-marido com uma faca. Segundo apurado pela corporação, o homem não aceitava a separação.

A mulher representou contra o homem, que foi preso em flagrante pelo crime de ameaça amparado pela lei Maria da Penha. A Polícia ainda informou que ele apresentava “odor etílico” e que foi conduzido à delegacia.

Casos de vítimas que denunciam violência contra a mulher interpretando um pedido de delivery são frequentes no Brasil. Uma mulher simulou um pedido de pizza ao ligar para a Polícia Militar do Distrito Federal para denunciar as ameaças sofridas pelo companheiro em outubro do ano passado. Uma vítima de estupro, também no DF, fez um pedido de hambúrguer para denunciar o agressor, também em outubro. Já em maio de 2021, outro caso semelhante ocorreu em Andradina, interior de São Paulo.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

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