‘NÃO SIGO BOLSONARO’: Dória testa positivo para COVID-19 e diz que não está tomando cloroquina

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmou hoje que não está tomando cloroquina no tratamento contra a covid-19. Ele aproveitou a oportunidade para cutucar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), defensor do medicamento que não tem comprovação científica para a doença.

“De jeito nenhum. Só tomo aquilo que os médicos recomendaram, não o que o presidente Bolsonaro recomenda. E os médicos não me recomendam cloroquina. Aliás, o Dr. [infectologista] David Uip não me prescreveu nenhum medicamento, apenas o isolamento”, disse o governador, em entrevista à CNN Brasil.

“Não houve recomendação [da cloroquina] e nem haveria recomendação para isso, embora eu respeite, porque é um medicamento que apenas médicos devem recomendar e com a concordância do paciente. Mas aqui não houve espaço e nem necessidade”, acrescentou.

Hoje pela manhã, Doria anunciou que testou positivo para a doença, mas que está assintomático. Sua mulher, Bia Doria, também está com a doença e sem sintomas. Eles permanecerão em casa, em isolamento, por 10 dias.

“Daqui continuarei a trabalhar, nesse tempo que é o recomendado pela ciência para as pessoas infectadas. Estou assintomático, não tenho dor. Mas vou seguir todas as orientações médicas. E hoje já trabalhei, usando a virtualidade para prosseguir à frente do governo de São Paulo”, acrescentou o político para a CNN.

“Sou cuidadoso”

Já em entrevista para a Band, no final da tarde, Doria contou que não ficou abalado ao saber que tinha sido infectado, mas que logo se planejou para entrar em isolamento.

“Eu não fiquei abalado, eu recebi isso com equilíbrio, com sensatez. Eu procurei, ao receber a informação de que o teste foi positivo, administrar”, contou Doria, no programa Brasil Urgente.

“Foram 15 minutos antes de eu descer para a coletiva de imprensa. Eu recebi uma ligação, uma pessoa pediu que eu saísse da sala porque era urgente, e recebi a notícia de que meu teste estava positivo.”

Segundo o governador, ele sempre foi “extremamente cuidadoso” e definiu o vírus como sendo “imprevisível”.

“E o fato de eu não ter sintomas não desobriga às pessoas de tratarem com muita seriedade. Porque a covid mata, matou mais de 103 mil brasileiros, não é gripezinha, não é resfriadinho, não é uma coisa passageira.”

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