Pfizer segue AstraZeneca e nega venda de vacinas a empresas privadas

A Pfizer negou que possa negociar a vacina contra a covid-19 com empresas privadas. Em comunicado divulgado nesta 3ª feira (26.jan.2021), a farmacêutica diz entender o imunizante como um bem que deve ser oferecido à população em geral.

“Estamos comprometidos a trabalhar em colaboração com os governos em todo o mundo para que a vacina seja uma opção na luta contra a pandemia, como parte dos programas nacionais de imunização“, diz o comunicado. Veja na íntegra.

A empresa também afirmou que segue negociando um possível acordo com o governo brasileiro para fornecer sua vacina.

O presidente Jair Bolsonaro declarou que dava aval à compra de imunizantes pelo setor privado. Em evento virtual organizado pelo banco Credit Suisse, o chefe do Executivo citou o número de 33 milhões e referiu-se à biofarmacêutica AstraZeneca. A contrapartida, segundo ele, é que metade das doses fosse doada ao SUS (Sistema Único de Saúde).

AstraZeneca também negou

Na manhã desta 3ª feira, o laboratório AstraZeneca, que produz uma das vacinas contra covid-19 aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), já havia divulgado que não irá disponibilizar doses do imunizante para empresas.

“No momento, todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, incluindo da Covax Facility [aliança internacional para desenvolvimento de vacinas], não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado”, disse a AstraZeneca.

O laboratório deverá fornecer 100 milhões de doses da vacina ao Brasil, pela parceria com o governo federal.