Crise no Ceará: 37 policiais são presos e 122 homicídios são registrados

Trinta e sete policiais militares do Ceará foram presos, neste domingo (23), por não se apresentarem para trabalhar na segurança em festas de Carnaval no Interior do Ceará. Com isso são 41 PMs presos desde o início do motim.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, os 37 agentes fazem parte da lista de deserções que inclui 61 policiais militares que tiveram nomes publicados em Boletim do Comando Geral, em razão de deserção especial, ou seja, quando o militar deixa de apresentar-se na força em que serve. A deserção especial prevê pena de detenção de até três meses. As prisões acontecem desde as 16 horas deste domingo.

Além destes, há determinação do afastamento de 168 policiais militares do Ceará. A Controladoria Geral de Disciplina instaurou Conselho Disciplinar contra 160 policiais identificados como suspeitos de integrar grupos que promovem motim na PM cearense.

Na manhã desta segunda, dois batalhões da PM em Fortaleza – 17º e o 18º , localizados nos Bairros Conjunto Ceará e Antônio Bezerra – permanecem ocupados por homens amotinados e com carros da polícia depredados bloqueando as entradas. Em Caucaia, na Grande Fortaleza, o 12º Batalhão tem cerca de 20 veículos policiais obstruindo ruas que dão acesso à unidade.

Crise na Segurança Pública

Desde terça-feira (18), homens encapuzados que se identificam como agentes de segurança do Ceará invadiram e ocuparam quarteis, depredando veículos da polícia. Policiais militares reivindicam aumento salarial acima do proposto pelo governador Camilo Santana.

Em quatro dias de paralisação, entre quarta-feira (19) e sábado (22), 122 homicídios foram registrados no estado pela Secretaria da Segurança Pública (SSPDS). Por conta da crise na segurança, a Força Nacional e o Exército passaram a atuar em Fortaleza.

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