Bolsonaro anuncia que Ministério da Saúde suspendeu compra de seringas para vacinação do covid-19

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta (6) que o Ministério da Saúde suspendeu a compra de seringas para a campanha de vacinação contra a covid-19.

Em publicação nas redes sociais, afirmou que a licitação para compra dos equipamentos está interrompida até que os preços “voltem à normalidade”.

De acordo com Bolsonaro, “como houve interesse do Ministério do Saúde em adquirir seringas para seu estoque regulador, os preços dispararam”. Ele não anunciou nenhum prazo para retomada do processo de contratação.

O equipamento é essencial para aplicação das vacinas na população. Os imunizantes de todos os laboratórios com os quais o governo federal negocia são ministrados por injeção muscular.

No fim de dezembro, quando foi realizada a 1ª licitação para compra de seringas e agulhas, o Ministério da Saúde só conseguiu comprar 7,9 milhões das 331 milhões seringas que precisava para aplicar as vacinas contra o novo coronavírus. Ou seja, menos de 3% do total pretendido.

A pasta negou que tenha fracassado no processo de compra dos insumos e classificou as notícias veiculadas como falsas. “O processo de compra de seringas e agulhas pelo Ministério da Saúde está ocorrendo de forma regular e dentro do trâmite legal”, disse em nota publicada no Twitter.

No Twitter, o presidente minimizou o impacto da suspensão da compra das seringas no planejamento de vacinação no Brasil. “Estados e municípios têm estoques de seringas para o início das vacinações, já que a quantidade de vacinas num 1º momento não é tão grande”, afirmou.

Bolsonaro disse ainda que “por volta de 44 países estão vacinando”. De acordo com o presidente, a farmacêutica norte-americana Pfizer “vendeu, para muitos, apenas 10.000 doses”. “Daí a falácia da mídia como se estivessem vacinando toda a população”, escreveu.

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