‘REPETIR ATÉ VIRAR VERDADE’: Militares aprovaram discurso de Bolsonaro na ONU e querem ‘reverter’ má imagem do país no exterior

A ala militar do governo aprovou com louvor o discurso do presidente Jair Bolsonaro na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (22/09). Estão todos em êxtase, como diz um integrante do governo. “Foi tudo o que esperávamos. O presidente marcou posição, atacou críticos, sem ser agressivo”, acrescenta.
Todo o discurso do presidente passou pelo crivo dos ministros militares, que, bem antes da participação dele na Assembleia-Geral da ONU, já vinham expressando a posição que seria apresentada pelo chefe de governo. “Creiam, atingimos nosso objetivo. O que estão fazendo com a imagem do Brasil é um crime”, ressalta um militar.
 Na avaliação dos ministros militares, quem apoia o governo entendeu perfeitamente os recados. “E temos certeza de que aqueles que têm dúvidas ante a campanha internacional contra o Brasil passaram, agora, a comungar das posições do presidente”, acrescenta o mesmo militar.
 Os militares acreditam que o governo conseguirá, com a postura mais firme de Bolsonaro, “mostrando a verdade”, reverter a imagem horrível que o Brasil está no exterior. “Não temos dúvidas de que demos visibilidade à nossa posição. O discurso do presidente foi um contraponto importante”, diz um assessor do Planalto.

“Vai virar verdade”

O próprio presidente, em conversa com militares, disse acreditar que seu discurso na ONU teve o efeito esperado e abriu espaço para o governo se posicionar de forma mais enfática no exterior. A determinação é repetir o discurso sempre que possível, até “virar verdade”.
Dentro dessa estratégia, o Planalto escalou as representações do país no exterior para mapear toda a repercussão do discurso de Bolsonaro lá fora. Com base nas análises desses dados, serão definidas estratégias de comunicação para reverter o pessimismo com o Brasil.
 “Estamos numa guerra de desinformação, e entramos nela certo de que podemos sair vencedores. A fala do presidente do presidente na ONU foi só o começo dessa batalha”, frisa o mesmo assessor.
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