Ricardo virou um bode na sala para as instituições paraibanas; para o bem dele e da sociedade, ele precisa ser julgado

O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) virou um bode na sala para várias instituições paraibanas. Atolado em denúncias de corrupções e respondendo por ações nas justiças Comum e Eleitoral, poucas pessoas o querem por perto atualmente.

Nem os juízes, figuras que representam a justiça e imparcialidade, querem tomar para si a missão de descascar esses pepinos. Do ano passado para agora, pelo menos 10 recusaram julgar dois processos (um por falsidade ideológica na Justiça Comum e outro relativo à Operação Calvário na Justiça Eleitoral) contra o ex-governador ou se declararam suspeitos.

Com isso, os processos vão se arrastando sem conclusões e sem a absolvição ou punição que são consequências das sentenças judiciais. Isso não prejudica apenas a sociedade, que pode ter a percepção de que algumas pessoas são privilegiadas pela impunidade, como também o próprio Ricardo, que vive com diversas incertezas sobre a sua vida, sem saber qual será o seu destino: o de um condenado ou o de um inocentado.

O assunto se tornou tão incômodo que forçou o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), Saulo Benevides, a tocar no assunto. Em entrevista ao Hora H, apresentado pelo jornalista Heron Cid, Benevides disse que estuda criar uma vara especializada no julgamento de casos que envolvem corrupção e Orcrins.

“Estamos com um projeto bem avançado para criar uma Vara especializada com toda uma estrutura especial e pessoas treinadas para julgamento dessas organizações criminosas. Todas essas organizações criminosas seriam julgadas nesta Vara. Inicialmente, uma Vara de competência estadual porque julgariam todos esses processos do estado da Paraíba e no futuro uma outra em Campina Grande para julgar os processos da região da Borborema, incluindo Sertão, Cariri e Curimataú”, disse na ocasião.

O bode está na sala.

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