RÉU NA CALVÁRIO: Romero Rodrigues tem dez dias para se defender após receber R$150 mil de origem ilegal

O juiz Alexandre Gonçalves, da 1ª Vara Criminal de Campina Grande, recebeu, na manhã desta terça-feira (6), a denúncia contra Romero Rodrigues e outras três pessoas dentro das investigações da Operação Calvário. Além de Romero, também são réus o delator e empresário da Cruz Vermelha no Brasil, Daniel Gomes, o advogado Jovino Machado e Saulo Ferreira Fernandes. O juiz determinou o prazo de 10 dias para que os acusados façam a defesa preliminar.

O ex-prefeito de Campina Grande foi denunciado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por recebimento ilegal de R$ 150 mil para a campanha à prefeitura em 2012. Segundo a denúncia, o pagamento teria sido feito por Daniel Gomes. Em troca, as organizações sociais comandadas por Daniel assumiriam a gestão da Maternidade Elpídio de Almeida, caso o candidato vencesse a eleição daquele ano. Ainda segundo o MPPB, o acordo só não teria sido concretizado devido ao rompimento político entre o grupo político do ex-prefeito com o ex-governador Ricardo Coutinho, apontado como chefe de uma organização criminosa investigada pela Operação Calvário.

Após a apresentação da denúncia, o ex-prefeito negou as acusações. “Eu não tive acesso às informações, porém, não solicitei ajuda para a minha campanha em 2012 e nem recebi [o suposto pagamento]. Por incrível que pareça, se for observar os oito anos de administração, não houve nenhum tipo de contratação com organização social. Alguém denuncia no intuito de obter benefício na justiça sem provar absolutamente nada porque, repito, não recebi recurso nenhum. Estou com a consciência tranquila”, disse Romero.

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