SALÁRIO DE R$13 MIL: Campinense era assessor de Bolsonaro e chefe do ‘gabinete do ódio’

Reportagem da BBC News Brasil desta quinta-feira (9) traz o perfil de Tercio Arnaud Tomaz, paraibano de Campina Grande, que seria o líder do ‘gabinete do ódio’ da família Bolsonaro. Segundo a reportagem, ele seria o elo mais forte entre o presidente Jair Bolsonaro e as páginas derrubadas pelo Facebook ontem.

Tercio é assessor especial da Presidência da República, com salário bruto de R$ 13.623,39. O grupo do qual ele faz parte, segundo a reportagem, estaria dentro do Palácio do Planalto e supostamente dissemina mensagens difamatórias contra adversários de Bolsonaro e cuida de suas redes sociais. O Planalto nega que exista um grupo do tipo na estrutura institucional da Presidência.

A BBC diz que o Laboratório Forense Digital do Atlantic Council, que analisou as páginas antes de serem derrubadas pela plataforma e investigou a rede de contas e notícias falsas, aponta Tercio como administrador da página de Instagram @bolsonaronewsss. Seu nome não consta na página, mas o e-mail terciotomaz@gmail.com aparece em seu código-fonte (conjunto de códigos por trás de uma página com “instruções” para que um programa ou página funcionem, onde também ficam outros dados da página) e foi registrado pelo grupo que estuda desinformação.

O conteúdo do Bolsonaro Newsss, segundo o documento, misturava “meias-verdades” para chegar a conclusões falsas. A página tinha 492 mil seguidores e mais de 11 mil publicações antes de ser derrubada.

Já a página “Bolsonaro Opressor 2.0”, criada em 2015, publicava memes de Bolsonaro e imagens agressivas contra seus adversários políticos. Tercio foi apontado como autor da página, que tinha milhares de seguidores. Segundo o jornal O Globo, seu nome constava como autor de algumas de suas publicações.

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