GOLPES PELO BRASIL: Advogado é procurado por forjar assinaturas de juízes para soltar criminosos

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) procura o advogado Roberto Hipólito Silveira, denunciado e indiciado por crimes de estelionato e falsificação de documento público. O Tribunal do Júri de Brazlândia decretou a prisão preventiva do suspeito em 1º de fevereiro. Segundo as investigações, ele é acusado de aplicar golpes milionários, fraudar papéis judiciais e de forjar assinaturas de juízes para soltar criminosos de todo o país.

Em uma das situações, Roberto teria convencido um casal a participar de um esquema criminoso, em Brazlândia. As vítimas conseguiriam, de forma irregular, a escritura de um terreno na região. À época, em 2018, os donos do imóvel estavam viajando para a Europa.

“Ele ofereceu ao casal uma certa quantia, para que participassem do crime, e entregou ao homem e à mulher documentos de identidade falsos, obtidos em Santa Catarina e Minas Gerais”, detalhou o delegado Mozeli da Silva, da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia).

O casal foi preso em flagrante em 2018. No ano passado, os dois reconheceram Roberto na delegacia e o identificaram como o advogado que se apresentou com a proposta. A partir disso, a 18ª DP pediu a prisão preventiva do acusado.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ofereceu a denúncia. No processo, a promotoria considerou que o representado “figura como um verdadeiro predador social, o qual, há pelo menos 11 anos (primeiro fato registrado em 28 de julho de 2010), vem enganando pessoas e falsificando toda sorte de documentos, além do cometimento de outros crimes patrimoniais”.

Processos

Em 2001, Roberto chegou a ser preso por crime de estelionato. Ele e a mulher foram detidos em Uberlândia (MG), após um juiz tê-lo visto em um supermercado da região. Em Minas Gerais, ele responde a mais de três processos criminais.

No Cadastro Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto aparece com o registro da atividade profissional suspenso. A Polícia Civil do DF pede a quem souber do paradeiro de Roberto que ligue para o número 197. O sigilo da denúncia é garantido pela instituição.

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