Casos de coronavírus no Brasil aumentam para 25 e ministro diz que foco é se preparar para distribuir vacina

Até a tarde deste domingo (8), o Brasil confirmou 25 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Três novos pacientes foram contabilizados pelos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Alagoas, de acordo com o Ministério da Saúde. São Paulo também apresentou mais três casos.

  • 21 casos são importados
  • 4 são transmissão local
  • 663 casos ainda são suspeitos
  • 632 foram descartados

Para combater a doença, o governo de Jair Bolsonaro definiu que o plano vai além dos procedimentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e da garantia dos estoques dos produtos necessários para a prevenção e o tratamento dos infectados. Tampouco o Brasil entrará na corrida pelo desenvolvimento de uma vacina ou de um retrovirral, onde já há outros países na vanguarda. O governo decidiu concentrar energia e recursos num lance à frente, afirmou ao Valor o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta: prepara a infraestrutura para a produção e distribuição das vacinas ou remédios, quando estes forem descobertos.

As dificuldades enfrentadas pelo país em outra crise na área fundamentaram essa decisão. “Na [crise] da H1N1, não tinha produtor suficiente”, relembrou o ministro. A falta de autossuficiência do Brasil ficara explícita.

Entre reuniões de monitoramento da situação da epidemia, encontros no Palácio do Planalto para tratar do tema e gestões no Congresso Nacional com o objetivo de obter apoio às iniciativas da sua pasta, o ministro detalhou o que considera fazer parte de uma corrida tecnológica e do xadrez geopolítico.

Para ele, está em curso uma corrida para se ter uma forma de identificar rapidamente, via exame da saliva, por exemplo, pessoas que possam estar infectadas pelo coronavírus em portos ou aeroportos.

Em outra pista, há uma disputa para o desenvolvimento e a produção de um retroviral. “A China deve publicar muita coisa, porque eles estão pesquisando isso, provavelmente, muito antes de todo mundo”, comentou o ministro da Saúde, citando uma notícia de que os chineses haviam identificado a proteína pela qual o vírus se liga para entrar no organismo. Se a proteína foi identificada, prosseguiu, o próximo passo será a tentativa de inibi-la. “Assim, ele [vírus] não consegue entrar, que é o retroviral.”

Casos na China continuam caindo

Já a China voltou a registrar nesta segunda-feira (9) uma queda no número de novos casos de coronavírus – 40, face a 44 no dia anterior – ao mesmo tempo que ocorreram 22 mortes, quase todas na província de Hubei, epicentro da epidemia.

Até esta segunda-feira, a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava 80.735 infectados e 3.119 mortos devido ao novo coronavírus.

Todas as mortes ocorridas nas últimas 24 horas, exceto uma, que na província de Guangdong, foram registradas em Hubei, assim como 36 dos 40 novos casos.

As informações são do Bem Estar, do Exame e da Agência Brasil

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