Sob ameaças de fechamento de agências, servidores do Banco do Brasil da Paraíba se reúnem para discutir paralisação

Nesta segunda-feira (25) será realizada uma assembleia dentre os funcionários do Banco do Brasil na Paraíba, os servidores se reunirão das 8h às 18h para decidirem se irão aderir a uma paralisação das atividades à partir da próxima sexta-feira (29). Os servidores do banco são contrários a uma reestruturação que estaria sendo imposta pela direção do banco.

Por conta da pandemia da Covid-19, a assembleia será online. Além da previsão de fechamento de três agências, outras serão transformadas em Postos de Atendimento (PAAs). O plano de banco é demitir mais de cinco mil funcionários em todo o país e fechar mais de 300 agências.

Na Paraíba, atualmente, apenas 67 agências funcionam, juntamente com 36 postos de atendimentos (PAAs). O banco não revela quantas agências serão fechadas no estado, mas segundo os próprios funcionários, a previsão é que os locais encerrados sejam: a agência Parque Solon de Lucena, localizada no bairro de Tambiá e a agência do Jardim Cidade Universitária, ambas em João Pessoa. Já em Campina Grande, a agência Jardim Paulistano, na Avenida Assis Chateaubriand será encerrada.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, o momento é de unidade em torno da atual situação de desmonte pelo qual a empresa passa. “ Não vamos aceitar o fechamento de agências que comprometam a função social do Banco do Brasil, abandonando à sua própria sorte os pequenos municípios e o financiamento à agricultura familiar. Nós não podemos deixar um banco essencial ao desenvolvimento do país ser desmontado, nem ver jogada no lixo a sua história de 212 anos de serviços prestados à sociedade. Não vamos permitir que eliminem a função de caixa, nem que façam pressão para que cinco mil colegas percam seus empregos e fiquemos ainda mais sobrecarregados”, avaliou.

Segundo ele, o cenário de enfrentamento para tentar impedir que se efetive o plano de reestruturação já mobiliza parlamentares em todo o país e caso não haja negociação a possibilidade de uma greve poderá ser articulada. “Estamos buscando apoio na sociedade, nos movimentos sociais e no congresso nacional, mas precisamos demonstrar a nossa insatisfação, através da única arma que temos, que é a greve”, explicou.

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