Ainda deputado, Bolsonaro parabenizou execução de traficante pego com 13kg de cocaína

Ainda deputado, o atual presidente Jair Bolsonaro (PSL) enviou, em 2006, moção de congratulação e apoio ao então presidente da Indonésia, Susilo Yudhoyono, por conta da execução do traficante brasileiro Marcelo Archer.

O caso de Marcelo ficou bastante famoso à época. Preso com 13 quilos de cocaína, o brasileiro foi condenado à morte e executado no país asiático, um dos mais duros do mundo com esse tipo de crime.

Na carta (veja abaixo), o então deputado elogia a manutenção de pena e encerra sua congratulação pedindo desculpas “pelo vergonhoso pedido de clemência do nosso Governo que nada faz para combater o crime organizado no país”.

Reprodução

Caso de piloto de avião de Bolsonaro preso com 39kg de cocaína ‘revive’ carta na web

A carta de Bolsonaro a Yudhoyono reapareceu nas redes sociais nesta quarta (26). Tudo por conta do episódio em que um piloto da comitiva do presidente foi preso na Espanha por tentar traficar 39 quilos de cocaína para o país europeu usando um avião oficial da presidência.

Por meio de seu Twitter, logo que o caso veio a tona, Bolsonaro se manifestou afirmando que “caso seja comprovado o envolvimento do militar nesse crime, o mesmo será julgado e condenado na forma da lei”.

Em nota a assessoria da Presidência afirmou que “o militar não trabalha na Presidência da República e não estaria na comitiva presidencial”. “Ele pertence ao Grupo de Transportes Especiais da Força Aérea Brasileira e exerce função de comissário de bordo”, disse.

O sargento integrava a tripulação de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) de apoio à comitiva da viagem de Bolsonaro para o encontro do G-20 no Japão. Ele foi preso em Sevilha pelas autoridades espanholas.

Após a prisão do sargento, o avião de Bolsonaro mudou a rota de viagem. Ele decolaria de Brasília rumo a Sevilha para, na sequência, seguir viagem ao Japão. O presidente parou em Lisboa, a capital de Portugal, como local de escala.

Em 27 de fevereiro deste ano, o sargento preso estava entre os militares que seguiram Bolsonaro em viagem de Brasília a São Paulo para a realização de exames médicos. Entre 18 e 20 de março, houve mais uma missão de transporte do escalão avançado da Presidência.

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