Após ‘rolêzinho’ em Nova York com dinheiro público, Mário Frias deve deixar secretaria da Cultura

Mario Frias está passando por um dos seus momentos mais conturbados na Secretaria da Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL). Inclusive, a saída do ex-ator do cargo já é dada como certa nos corredores do Ministério do Turismo, ao qual a pasta que ele comanda é subordinada.

A informação foi confirmada pelo jornal Folha de S. Paulo com quatro servidores de diferentes do órgãos do governo. A publicação declarou que Larissa Peixoto Dutra, atual presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, é cotada para assumir o cargo no início de março. A Secretaria Especial de Cultura não confirma.

Nos últimos dias, Frias tem enfrentado problemas na secretaria desde a informação que ele e seu secretário-adjunto, Hélio Ferraz, gastaram R$ 78 mil numa viagem a Nova York para tratar de um projeto com o lutador de jiu-jítsu Renzo Gracie.

A Folha de S. Paulo também ressaltou que o governo Bolsonaro estuda ainda trocar André Porciuncula, o ex-PM que hoje controla a Lei Rouanet, por Roger Alves Vieira na Secretaria Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, a Sefic.

Mario Frias é barrado em viagem à Rússia

O secretário especial de Cultura foi barrado para a viagem da comitiva do presidente à Rússia. O auxiliar do governo no campo cultural foi cortado em meio à polêmica sobre a viagem do ator para Nova York.

Em nota, a Secretaria de Cultura informou: “Devido a orientação da presidência, que solicitou a redução da comitiva de todos os ministérios que iriam para as agendas na Rússia e Hungria, não havia mais sentido manter a viagem para agenda apenas na Polônia, sendo cancelada a viagem para remarcar em outra data”.

A decisão de Bolsonaro surgiu depois que o Ministério Público pediu ao TCU (Tribunal de Contas da União) uma investigação sobre os gastos da viagem do secretário aos EUA em dezembro do ano passado.

O MP fez o pedido para “averiguar se a viagem custeada com recursos públicos possuía razões legítimas para existir atendendo ao interesse público ou se serviu para atender – às escusas da lei – interesse personalíssimo e privado”.

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